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Meu nome é José Francisco, mas sou mais conhecido como KITO, nasci em
1958 na cidade de São Paulo, Brasil. Quando criança, já me interessava por
brinquedos, objetos e móveis feitos de Madeira e as maneiras e técnicas de sua
construção.
Por residir, até os 8 anos de idade, próximo ao Museu do Ipiranga, visitava-o
frequentemente em companhia de meus pais, e ficava impressionado com seu acervo de objetos
antigos, quadros e, principalmente, o mobiliário.
O próprio edifício do Museu e sua imponente arquitetura são muito marcantes,
juntamente com o magnífico jardim.
Devido a este sempre presente e crescente interesse por artes, design, decoração e
mobiliário, continuei frequentando museus, exposições e mostras. Em 1987 fiz um Curso
de Introdução à Marcenaria no reputado Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo.
Posteriormente ingressei no Senai Ipiranga (1989) onde, com o talento e humanismo do Prof.
José Benedito Serrão, aprendi sobre técnicas, segredos e dicas que foram e continuam
sendo úteis.
Segui produzindo peças para uso próprio. A fim de aperfeiçoar-me nas Artes em
Madeira, fiz o curso de Marchetaria com Danilo Blanco, no Senac Moda e Decoração de São
Paulo em 1994. No ano seguinte fui selecionado pelo Banco de Talentos da Febraban,
categoria Artesanato, e tive meus trabalhos expostos na Secretaria de Cultura do Estado de
São Paulo.
Nesta mesma época já produzia em pequena escala caixas marchetadas e outros objetos
comercializados através de amigos.
Sentindo uma vez mais a necessidade de aperfeiçoar-me, em 1997 fui estudar com Georges
Vriz em Gouvieux, distante aproximadamente 45km de Paris.
Neste mesmo ano passei a dedicar-me unicamente à Arte da Marchetaria, produzindo
utilitários e peças decorativas.
Em Outubro de 1998 passei a ser Oficineiro do Projeto Quixote, da Escola Paulista de
Medicina, para adolescentes e crianças em situação de rua, experiência que me permitiu
partilhar um pouco do que sei e ao mesmo tempo aprender sobre as diferentes maneiras de
tratar seres humanos com respeito, dignidade e humanismo.
Penso que, além de interessante como meio de expressão, a Marchetaria (assim como
suas variadas técnicas) pode ser entendida como Arte ambientalmente correta, pois a
madeira por mim utilizada é, em mais de 95%, proveniente de sobras de marcenarias,
demolições, fábricas de móveis, móveis abandonados, etc.; o osso bovino, proveniente
de açougues, é também aproveitado sob a forma de lâminas recortadas em serra de fita
ou tico-tico.
Fabricar móveis com estruturas de madeiras menos nobres, devidamente tratadas a fim de
aumentar sua resistência e durabilidade e revestí-los com folheados de madeiras de lei
é, também, uma das formas de diminuir a pressão do mercado sobre as espécies que vêm
sendo exploradas até a exaustão das reservas com o conseqüente risco de extinção.
Finalizando, gostaria de agradecer mais uma vez sua visita a esta página que foi
criada para preencher uma lacuna no campo da Arte em Madeira no Brasil.
Um grande abraço do Kito! |
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